domingo, 20 de fevereiro de 2011

Play Hero Retrô - Big Nose The Caveman (NES)


Embora no ano de 1991 muitos jogos e franquias começavam a imigrar para o SNES, algumas empresas preferiram se concentrar somente nos donos do console antecessor. E o bom é que elas não pecavam, lançando jogos que estavam a altura de outros lançados tempos depois para o console de 16-bits. Um desses jogos era Big Nose The Caveman, que havia sido lançado pela Codemasters, desenvolvido pela desconhecida Camerica, em versões para o NES, Atari ST e Amiga.

Esse game não ficou muito conhecido. Quase chegou a receber uma versão para o Master System. Recebeu uma sequência dois anos depois, ainda para o NES, e ficou só nisso. Mas alguns dias atrás eu conheci esse velho game e aqui vai mais uma retrô análise.

O que um homem das cavernas não faz por comida

Big Nose The Caveman se passava nos tempos pré-históricos, era em que os homens estavam descobrindo o que o mundo ainda escondia, e onde comer talvez era tão importante quanto vencer uma guerra, salvar uma princesa de um vilão bem malvado e outras missões bem famosas no mundo dos games. Nessa aventura, o grande e importante objetivo do herói cavernoso Big Nose é ir atrás de um pterodactilo e transforma-lo em um delicioso almoço. Então, considerando que o personagem terá que passar por um bom número de fases, divididas em 4 ilhas cheias de perigos, eu volto a afirmar que comer deveria ser mais importante do que parece, nos tempos das cavernas.

A Camerica fez de Big Nose um jogo no melhor estilo plataforma, trazendo elementos que o transformaram em uma boa opção para os gamers da época, mas não deixando de pecar em algumas coisas, principalmente na dificuldade. Mas antes de falar desse defeito, eu irei falar do que o game tinha de bom.

Magias e armas pré-históricas

Assim como em Super Mario Bros. você tinha que encontrar moedas espalhadas pelas fases e em Sonic The Hedgehog tinha que encontrar anéis, ou em Donkey Kong County tinha que coletar bananas, em Big Nose The Caveman você tinha que conseguir o maior número de ossos enquanto percorria pelos cenários. Eles eram o principal meio de aumentar a pontuação dos jogadores, e eram usados para se comprar itens, upgrades para a sua arma e habilidades especiais. Para comprar, era necessário que você chegasse em uma determinada fase, para ter acesso há três lojas antes de joga-las, mas raramente, você podia ter acesso as lojas no meio de algumas fase.

As habilidades não custavam muito caro e, depois de compradas, eram interessantes de serem utilizadas, mas você só podia fazer isso uma só vez,voltando a usa-la somente se ela for comprada novamente. Algumas dessas habilidades podiam causar terremotos, deixar o personagem invencível, criar uma forte luz ou até mesmo deixar os inimigos lentos.

Outro item que dava uma força na jogabilidade eram as pedras. Tudo bem que o tacapi era a principal e inseparável arma de Big Nose, mas tudo fica melhor quando ele tem pedras para arremessar contras os inimigos. As pedras podem ser encontradas durante as fases, mas não com tanta frêquencia quanto os ossos. Elas eram power ups que tornava possível com que você as arremessassem contras os inimigos, podendo matá-los de uma distância bem segura. O número de pedras que você podia arremessar simultaneamente aumentava quanto mais você encontrava pelo cenário, sendo que o limite era de três pedras.

Enquanto que sem estar equipado com as pedras, você morria só de encostar nos inimigos, com as pedras a cor do personagem era alterada, significando que se alguém te atingisse, você somente as perderiam e voltava a forma original. Usar as pedras dava uma graça a mais ao game, mas muitas vezes era meio complicado tê-las a maior parte do tempo.


Os inimigos do game podiam ser derrotados quando eram atingidos uma únicas vez, mas mesmo assim eles não deixavam de representar perigo aos personagens, ainda mais quando se avançava mais no game. E quando os jogadores tinham que contar somente com o tacapi, a dificuldade aumetava, já que a arma, além de ser usada somente a pouca distância do inimigo, era bem lenta e pouco eficiente. Isso sem contar que no final de todas as fases do game, havia uma criatura pré-histórica que tinha que ser acertada várias vezes para ser derrotada, então se aproximar para dar um golpe era quase que suicidio.

Há também um outro tipo de pedra que não podem ser pegas, mas algumas delas podem ser quebradas, o que pode causar coisas boas ou ruins, como por exemplo, dar mais pontos aos jogadores ou causar um terremoto que te atrapalha.

Vidas extras para que?

Com já foi dito no início dessa análise, a aventura se dividia em 4 ilhas diferentes: a Paradise Island, Monster Island, Terror Island e Chaos Island. Cada uma delas era representada em mapas e continham cerca de 5 fases. Os cenários mais comuns, eram floresta e selvas, mas quando se avançava mais no game, havia cenários como cavernas, e algumas vezes, céus e praias. Em algumas fases, hhavia áreas secretas onde se encontrava um maior número de itens para serem pegos. Além disso, na última fase de cada ilha, Big Nose tinha que voar girando seu tacapi, o que tornava a fase mais difícil, ainda mais pelo fato da tela se mover sozinha e rapidamente.

Além do fato de Big Nose The Caveman não poder ser salvo pelos jogadores, o personagem ainda iniciava a jornada com poucas vidas, sem contar que elas não podiam ser encontradas no decorrer das fases, nem mesmo nas áreas secretas (eu pelo menos nunca vi alguma, mas se eu estiver enganado me avisem). A única forma de conseguir vidas extras era comprando as nos shops, no entanto elas eram meio caras, mais até do que a maioria dos itens e magias. Esse acabou sendo um erro da Camerica, ainda mais que encontrar vidas extras nos cenários é algo muito comum em jogos do gênero.

Uma boa opção para o SNES

Com o passar dos anos, os gráficos dos jogos que foram sendo lançados para o NES foram melhorando cada vez mais. E é por isso que, por ter sido lançado nos últimos anos do console de 8-bits da Nintendo, Big Nose The Caveman não pecou nesse quesito. Cada cenário está muito bem desenhado e com colorações e texturas que dão mais vida ao jogo. O design do personagem também foi muito bem feito, assim como a definição de seus movimentos. O único defeito para mim, foi o design de alguns inimigos, que chegam a ser mal desenhados, mas isso não chega a ser um grande problema.

Tão bom quanto os gráficos do game é a trilha sonora. Cada música possui um estilo que dá um toque maior de diversão e animação ao jogo. Algumas vezes ela até ganha um certo suspense. Entre todas as que existem no game, para mim a que mais se destacou foi o tema principal, que chega a ser inesquecível para aqueles que jogaram bastante.

Eu não consigo entender como Big Nose The Caveman foi lançado para o NES ao invés do SNES. Apesar de haver alguns erros em relação a dificuldade, a jogabilidade era boa demais, sem contar que os gráficos e a parte sonora que já eram boas, ficariam bem melhores no console de 16-bits da Nintendo. Pelo menos, na época isso era bom para os donos de NES, que queriam entrar em uma boa aventura antes de imigrar para o SNES. Pena também Big Nose ter recebido apenas uma continuação. Mas de qualquer forma, é um jogo que valia a pena ser jogado.

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